um email.

os antigos contam que quando o sol se punha atrás das montanhas cobertas de neve, surgia a lua. eles não estavam errados. a beleza de um dia após o outro pode ser resumida num pato – pense nisso.

crinas de cavalo, mocinha, não foram criadas pra isso: servem apenas para que possamos ter violinos com sonoridades estupendas. e não me venha com esse choro descabido – vamos ter que cortar todo o cabelo do pequeno honey se queremos nosso instrumento. e, sim, queremos.

das criaturas todas que existem na terra, aquela que menos me faz lembrar de momentos alegres é a gaivota. enquanto ela paira sem muita preocupação em torno de barcos de pesca noruegueses em pleno mar do norte, crianças árabes vêem seus pais partirem sem volta para uma luta que não vão ganhar.

quando tomamos muito sol, acabamos nos queimando. o que me faz pensar que tudo é sempre tão frágil e relativo: pães não tomam sol, e no entanto ficam tostados. já reparou?

falando nisso, como andam seus olhos? há tanto tempo que não nos vemos… imagino que a uma hora dessas alguém já deva tê-los devolvido.

antes que me demore demais, peço que você esqueça o relógio em algum lugar de difícil lembrança. é a invenção mais nefasta, esse treco.

o que eu te desejo? flores e um grande pote de doce-de-leite. ah! e pequenos corações voadores, com asas de anjos.

acredite: você é a mulher mais linda do mundo.

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